Vida de artista ou artista da vida...


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Nova semana começando e com ela as expectativas de se ter chances novas pra fazer tudo diferente.

Se antes eu tinha medo de errar e achava que iria ficar o resto da vida sem realizar vontades, sem esquecer, sem perdoar, sem amar, sem ser amada ou sem mudar.

Agora ja acho que todo dia é um papel branco que eu posso desenhar o que me der vontade.

Mas engana-se quem pensa que por isso eu encaro a vida com leviandade, sem responsabilidades ou sem respeitar regras e limites.

Cada dia é um papel em branco pra se desenhar o que quiser, porem com cuidado, pois pode ser o ultimo papel ou ultimo estoque de azul luminoso e roxo vibrante.

Sou uma artista e minha vida é uma imensa obra de arte inacabada


É Dela - A não Despedida


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Ela venho com seu vestido floreado, sem mangas, de uma fita amarela de cetim envolvendo sua cintura, finalizada em um grande e bem arrumado laço em suas costas, e sentou-se ao chão, ao redor da minha cadeira de balanço. Com as pernas cruzadas e olhos brilhantes, pediu para que contasse mais uma de minhas histórias da juventude. Paulinha, é assim como eu chamo minha neta de quatorze anos. Seu nome mesmo, é Ana Paula.


Naquele dia em particular, ela lembrava muito a mim mesma, em um dia marcante de minha vida. Foi por isso que decidi contar a ela essa história:


"Cabelos de um tom castanho claro, liso e que iam até a metade de minhas costas, na lateral direita uma mecha era presa por um passador de metal e madeira. Os olhos piscavam seguidamente, tentando enxergar por detrás das lágrimas que brotavam sem freio. A mão delicada e pequena, de uma adolescente de dezessete anos, tirava a franja da frente dos olhos, dando mais espaço para que seus olhos vissem o que não queria crer que estavam vendo: O ônibus com destino a Rio Grande, saindo... e com ele dentro.

Sentei-me no banco da Rodoviária.

Com a cabeça baixa, olhava para a minha sandália de tiras de couro. Os pés balançavam para frente e para trás, com todo o meu jeito infantil que ainda restava, depois de uma vida precocemente amadurecida. Minhas mãos estavam inquietas, sem saber o que fazer. Na verdade, elas sabiam o que fazer: segurar ele por mais um tempo, um pouco que fosse, agarra-lo pela gola da camiseta. Dessa forma eu nem precisaria falar, ele entenderia o que estava tentando dizer. Mas já não era possível fazer isso, meus dedos contentavam-se em brincar com os desenhos das flores da estampa de meu vestido, que ia até a metade das coxas. Flores de diversos tamanhos e cores, sobrepostas a um fundo branco. Eu era aquilo naquele momento: Um branco, um vazio, com algumas coisas de diversos tamanhos e cores me sobrepondo e tentando preencher-me. Sentimentos, pensamentos, planos.

Apesar da distração e inquietação demonstrada pelas mãos e pés, de meus olhos ainda escorriam lágrimas de uma maneira calma e mansa. Sim, eu estava calma. Meus pensamentos borbulhavam, meu coração estava acelerado e eu queria agir. Correr, segurar, pedir e implorar, mas já não era mais possível faze-lo.

Eu estava letárgica. Tentava encaixar as peças das lembranças dele, dizendo-me que eu era única, o amor que ele sempre procurou, naquele momento de dor e partida em que me deparava ali. Simplesmente, não havia encaixe algum naquilo tudo. Simplesmente, não era assim que deveria acontecer.

Depois que minhas lágrimas já haviam lavado meu rosto, e somente meu rosto, pois minha alma continuava suja com o amor dele e meu coração permanecia amarrotado e pequeno de angústia e sofrimento. Depois de meus pés terem pousado abruptamente no piso frio de cimento avermelhado daquela Rodoviária. Depois de minhas mãos apertarem dentro de si os dedos brincalhões de outrora. Ergui meu tronco e fui embora também, deixando para trás aquele santuário de dor, aquele terminal de ônibus, que bem que poderia ser, "terminal" de amor.

No banco onde estava sentada, esqueci-me da carta que havia levado comigo, que pretendia entregar a ele. Alguém haveria de encontra-la e leria as minhas linhas e entenderia a dor de uma não Despedida."

Sem Título


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E algo mudou.

Não há mais choro
Não há mais desespero
Não há mais "fim do mundo".

Mas o que mudou?

Eu mudei?
Eu que estou mais dura, acostumada, mais experiente?

Ele mudou?
Ele é concreto, real, o certo?

Não sei.

De qualquer forma
Ainda há uma coisa.

Medo.

Medo de me tornar dura na queda.
Medo de perder o que pode ser certo.

Mas pras duas coisas
Só há uma resposta:
Esperar.

O Tempo irá dizer, o que mudou.


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Huaaaa! Que preguiça.
Faz tempo que não escrevo aqui, deixa tirar as teias de aranhas, poeiras e traças. *assoprando*

É colégas, as coisas mudaram bastante por aqui e ai?
Já passei pela tempestade, estou na bonança agora. Vejo tudo claramente e começo a colocar as coisas no lugar.

Pretendo voltar a escrever, mas não sei com que frequencia e também não sei sobre o que.

Reborn...


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Eu te esperei, mas morri
E outro me ressucitou.
Então, agora ele tem
O que um dia você desdenhou.

Para Rock Dinosaur


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Ta dificil de acreditar, que vc se foi assim.
nem se despediu de mim.
Ta dificil de acreditar, que tudo mudou.
como o tempo voou.

Ta dificil de entender, nunca vou te esquecer.

Ta dificil de aceitar, vou sempre te amar.








Para amigos e familia
Foi ótimo o tempo que passamos juntos meu amigo, vou sempre lembrar de vc assim.
Que Deus abençoe sua familia e amigos, conforte o coração daqueles que te amam e que permita sua entrada no céu. Amém.

Só para dizer que...


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Essa é para você Thaty!


Overdose Homeopatica

Arte Moderna


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Diálogo:

Orquídea diz: - Eu pensei em desenhar e ilustrar os seus textos.
Thaty diz: - Ueh, ótima ideia. Me manda seus desenhos?
- Você vai expor eles no Louvre?
- Vou *Risada escandalosa*

Amigos são pra essas coisas. Pegam os seus rabiscos de tinta tempera e dizem que são Arte Moderna, só para ver aquele sorriso grande estampado em seu rosto.

A menina que sempre fugia


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Ela sempre se esquivava. Aos 7 anos sua mãe a levou no psicólogo e ela só dava respostas evasivas:

- Como você está se sentindo hoje?
- Bem.
- Tem algo novo para contar?
- Ganhei um brinquedo novo.
- Fale-me mais desse brinquedo.
- *Silencio*

Quando ela cresceu, sua mãe tentou levar para a igreja aos domingos:

- Vamos na igreja filha.
- *Fingindo que dorme*

30 minutos depois

- Vem filha, a carona ta esperando. Vamos na igreja.
- *Limpa a baba* Eu tenho trabalho da escola pra fazer mãe, vou aproveitar que é domingo e usar a net discada da vizinha.

Quando ela cresceu mais um pouco, ela evitava os namorados. Tinha um na cidade vizinha, que ela fugia dos encontros. O menino dava sorte de sempre encontra-la de 3 em 3 meses, quando ela ia no dentista e por coincidencia esbarrava nele na rua.

Na cidade onde morava, sempre arrumava alguns garotos pra passar o tempo, mas nada sério, só alguns beijos e no máximo 3 encontros. Mas ela nunca terminou com nenhum deles. Ela simplesmente parava de atender ao telefone, fingia não estar em casa, não ter ido na aula e por fim, se ele ainda não tivesse entendido a mensagem, aparecia com outro garoto.

Sempre foi assim brincando, fingindo e fugindo. Era divertido, ao menos pra ela.

Até que ela se perdeu.
Fugiu tanto que nunca mais encontrou o caminho de volta. Fingiu tanto que não sabia quem era. Brincou tanto que as coisas perderam a graça.

Só Deus sabe quando ela vai parar de fugir, mesmo perdida ela ainda tenta fugir. Fugir para um lugar ou para qualquer lugar, mas ela quer fugir de onde ela está.

Uma noite fria, um buraco negro sem fim, uma dor imensa e a solidão maior que seu coração. Um vestido sujo, a barriga vazia, o cabelo desgrenhado e a verdade que cega. Uma brincadeira de fingir ser uma menina que foge, assim quem sabe por piedade alguém lhe tira desse buraco profundo.

Será que tem alguém procurando por ela?

Enquanto você dormia...


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Alice chegou naquele quarto, ela dormia. Até roncava baixinho.
Fez sinal de silêncio para Dora que começava a mexer nas gavetas afim de tentar descobrir algo em especial.
Ao pé da cama dormia um gato. Dora se dirigiu a ele tocando-lhe no pescoço como se fosse estrangula-lo. Alice impediu: -Esta louca?
Dora sorriu.
A exploração continuou, como uma aventura enquanto ela dormia.
Alice pegou o travesseiro que estava ao lado do dela e cheirou falando baixinho para Dora : - Ui, o bofe e cheiroso. (risadinhas)
Dora encontra a gaveta de calcinhas e chama Alice para verificar o tesouro.
-O que fazemos? cortamos todas?
Pergunta ela de olho arregalado enquanto Alice as examina, uma a uma.
-Paraaaa com a sua doidice, será que la no fundo tem um vibrador?
Orquídea se mexe na cama, as duas se abaixam, se jogam no chão.
Silêncio. A busca poderia continuar.
Alice se senta no computador que estava ligado, no skype estava on line Thaty e ela resolve dar um bonjour.
Do outro lado, como sempre do outro lado, Thaty responde assustada.
- Que que vocês estão fazendo ai? Vazem agoraaaaaaaaa suas piranhas a toa.
Alice manda um emoticon fazendo beicinho e pergunta.
-Posso come-la?
Thaty responde friamente.
-Pode, mas a la sause barbecue por favor...